quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cada tempo tem o seu Tempo.

Não tenho o poder de tirar a sua dor, e acredito que ninguém o tem.

Nem mesmo Deus, pode interferir no nosso arbítrio, se é tempo de chorar, chore, se é tempo de geme, gema, se é tempo de recordar, recorde, se é tempo de saudade profunda, sinta-a.
Mas, não se demore além do tempo necessário.

Tempo que o próprio tempo vem dizer-lhe.

Este sim, poderoso consolador, vem abrandar, jamais apagar, a marca da dor, usando a alquimia das horas, a magia simples do amor.

Por isso, não te peço que esqueça o ente querido, ou o amigo inesquecível que morreu. Não te peço que arrume outro amor hoje, para esquecer este que tanto marcou e partiu. Nem sou louco para te pedir que perdoe imediatamente, quem tanto mal te fez.

Nem eu, nem Deus, que tudo espera, Senhor do tempo, Senhor do Amor, envia refrigérios para a alma aflita, na forma de uma música bonita, uma mensagem bem escrita, uma poesia, ainda que sem rima, que toca no coração, pega a sua mão e diz:

-Vem, é tempo de renascer.

Se a lágrima que ainda rola no seu rosto, queima a face, é tempo de refletir.

Talvez seja a hora de recomeçar o caminho, seguir pela estrada que ainda reclama passos, ir adiante, além da dor e do grito, rumo ao seu futuro, rumo ao infinito.

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