quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Lembranças.

   Ficou o espaço vazio na minha cama pequena de manhã, pra mim sobrou as noites de ausência em que tu anda por ai, em algum lugar longe de mim, com um toque qualquer, e um rosto qualquer. Ficou o meu corredor com a tua imagem parada e intacta, ou melhor, a nossa imagem. Ficou o meu sofá com dez frases rolando em minha cabeça cada vez que chego perto, eu não gosto dele, nem de chegar perto. Ficaram as canções me dizendo tantos versos lindos, só pra eu te encontrar neles. Ficou tanta coisa morta. Ficaram ainda suas novas palavras, que me lembram uma nova você, e faz eu me achar um pouco menor do que meses e meses atrás, um pouco menor no teu peito. A gente só alimenta, com mentiras, ou ilusões de saudades de fim de noite quem não nos importamos, vai dizer que isso não é ser pequena, não receber nem uma sinceridade inteira, e a importância necessária? Isso é ser muito pequena.
Pra mim chegaram pessoas de rostos iguais, corpos iguais, mentes e jeito, igual. Nada muito parecido contigo, nada que me agrade. Nada que eu queira pra mim. Pra mim ficaram as mesmas noites de antes, pois antes tu já se fazia ausente em quase todos esses longos e árduos finais de semana., mas eu sabia onde tu estava, e tu sempre tinha uma boa desculpa para estar la, agora você sempre tem uma boa desculpa para não estar lá, e muito menos aqui, onde esta, eu não faço idéia, provavelmente sendo quem eu mais odeio.
E eu estou aqui, noite após noite, com os mesmos convites, e dizendo o mesmo, não de sempre, pela minha falta de vontade, e obviamente sempre me pergunto, porque tu tem vontade se sempre diz quase o mesmo que eu? Se pensasse como eu, não estaria lá, e também não estaria aqui, mas estaria cuidando de si, pra um dia ser melhor, porque é isso que tenho feito, e meu erro mais grave é nas noites de insônia, mas isso não tem problema, afinal, eu não consigo dormir sem seu abraço, e você não vai vir aqui me ajudar.

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